Deputados criticam Renan Filho por ausência de plano para recuperação econômica

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A falta de ações práticas do governo do Estado para enfrentamento da crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus dominou boa parte do debate entre os deputados, na sessão ordinária da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (14). Na avaliação dos parlamentares, o governador Renan Filho (MDB) se omite da responsabilidade de anunciar uma política de recuperação da economia, que já mostra sinais claros de desaceleração.

A discussão deste tema foi iniciada pela deputada Jó Pereira (MDB). Em um longo discurso que defendeu a liberdade de escolhas e a independência entre os poderes, ela citou o recente decreto do prefeito de Teotônio Vilela, Joãozinho Pereira (MDB), irmão da parlamentar, que desafiou o governador e flexibilizou o isolamento social naquele município. 

Embora a medida tenha sido rejeitada pela Justiça, Jó Pereira afirmou que, apesar de discordar da posição do prefeito, entendia a reorganização do comércio na cidade devido à pressão da sociedade para voltar ao trabalho. Ela aproveitou para criticar a falta de diálogo do Executivo estadual com as prefeituras para que ações concretas fossem tomadas no sentido de evitar um colapso no setor econômico.

“O isolamento é a estratégia para não propagação da pandemia, mas está faltando diálogo e se faz necessário liderar através do bom senso com as pessoas. Se as indicações da Assembleia Legislativa fossem ouvidas pelo Executivo, teríamos um trabalho mais eficaz no combate a esta pandemia, mas cadê o apoio do governador na questão do ICMS, a criação do comitê, a dispensa do aumento da alíquota previdenciária aos aposentados, a colaboração com as feiras livres e projetos de apoio às classes produtivas? Faltam propostas neste sentido”, avalia.

Para o deputado Davi Maia (DEM), Renan Filho faz muita mídia e age pouco. “Não dá para eu me calar diante de tanta inércia. Precisamos de uma política clara de recuperação da nossa economia. Mas, o que observamos, neste momento: governador se cala, correu, botou a cela nas costas e abriu. Desde o dia em que ele anunciou a morte do cidadão nas redes sociais que não o vemos mais em “lives” e entrevistas. Desapareceu e deixou tudo nas costas do Alexandre Ayres”, reclama.

Cabo Bebeto (PSL) se uniu ao discurso do colega e disse que não tem percebido qualquer movimentação do Executivo em relação à economia. Já para defender o isolamento vertical, o deputado Antônio Albuquerque (PTB) criticou a medida do governador em determinar a quarentena e revelou que, mesmo designado para participar do grupo econômico diante da pandemia, liderado pela Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), “até agora, não tivemos qualquer reunião neste sentido”.

Como líder do governo na Assembleia, o deputado Silvio Camelo (PV) argumentou que o mundo vive uma guerra e qualquer medida a ser tomada, neste momento, tem caráter emergencial. 

EXTINÇÃO DE ÓRGÃOS

Na sessão desta terça, o plenário da Casa de Tavares Bastos também analisou, em primeira discussão, o projeto de lei, de autoria do Governo do Estado, que dispõe sobre a extinção da Companhia Alagoana de Recursos Humanos e Patrimoniais – Carhp, Serviços de Engenharia do Estado de Alagoas – Serveal e do Laboratório Industrial Farmacêutico de Alagoas -Lifal, e dá outras providencias.

Emendas foram apresentadas à matéria, que tramita na ALE desde dezembro do ano passado. Alguns deputados criticaram o governador por manter funcionários terceirizados nestes órgãos, mesmo desativados.

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