MPE designa promotor para investigar ingerência e nepotismo no Lacen

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As denúncias reveladas pelo deputado Davi Maia (DEM), durante várias sessões na Assembleia Legislativa Estadual (ALE), apontando uma série de irregularidades administrativas no Lacen/AL [Laboratório Central de Saúde Pública de Alagoas], agora vão ser analisadas, no âmbito do Ministério Público Estadual (MPE), pela coordenação das Promotorias de Justiça da Fazenda Pública Estadual.

Na semana passada, o procurador-geral de Justiça de Alagoas, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, acolheu o parecer da Assessoria Técnica para que o processo passasse a tramitar no órgão ministerial.

O chefe do MPE publicou, na edição desta segunda-feira (18), do Diário Eletrônico, o detalhamento da movimentação dos autos. A partir de agora, os promotores da Fazenda Pública Estadual vão se debruçar no farto material enviado pelo gabinete do parlamentar. 

A Gazetaweb espera, desde a semana passada, informações do Ministério Público acerca da tramitação destas denúncias.

DENÚNCIA

Davi Maia enviou ao MPE a denúncia de prática escancarada de nepotismo no Lacen e falhas nos procedimentos adotados pelo laboratório na realização dos testes para detecção de coronavírus em Alagoas e na lista de prioridades para que os exames fossem feitos. 

O deputado listou os cargos ocupados por ligações políticas e familiares no referido laboratório. Ele revelou que o filho da chefe setorial da Soroteca trabalha no setor de análises, o esposo dela é chefe da TI [Tecnologia da Informação], a filha é advogada do laboratório e a nora, chefe da Imunologia.

Ele mostrou que o filho da chefe do RH trabalha no setor de Bromatologia, a prima dela é chefe do setor de Saúde do Trabalhador, a nora trabalha no Administrativo e o sobrinho, no Almoxarifado. A chefe do setor de qualidade é esposa de um dos chefes e a nora dela é da Biologia Molecular.

Segundo Davi Maia, até quem fornece as quentinhas é mãe de uma das funcionárias, e o filho do chefe do financeiro da secretaria também trabalha no Lacen.

Ele também fez pedido formal de esclarecimentos ao Executivo e de respostas de servidores e ex-servidores da Saúde que estão exercendo cargos no laboratório de maneira indevida. Um deles, segundo o parlamentar, foi preso na Operação Florence “Damas das Lâmpadas”, da Polícia Federal (PF), que teve como alvo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Maia disse que recebeu, de fontes ligadas ao Lacen/AL, todas as informações necessárias, com documentos, fotos e relatórios, para subsidiar os requerimentos feitos com a cobrança de esclarecimentos por parte da chefia do Executivo estadual.

O Governo do Estado, por sua vez, ainda não se pronunciou acerca da denúncia de nepotismo e vem negando, veementemente, os relatos de falhas nos testes para Covid-19.

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