Comissão Parlamentar Interestadual apura golpe dos respiradores

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Com base na operação policial realizada na semana passada, que investiga suposta fraude na compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste, o deputado Davi Maia (DEM/AL) destacou, na plenária desta terça-feira (9), a criação da Comissão Parlamentar Interestadual para apurar as denúncias e fiscalizar as ações do Consórcio.

Uma iniciativa inédita acontece no Nordeste em tempos de pandemia: 26 deputados de 10 partidos de nove estados criaram uma CPI (Comissão Parlamentar Interestadual) para apurar o destino de R$ 48 milhões pagos à empresa HempCare, pela compra de 300 respiradores vindos da China – que não chegaram.

Todos os estados da região foram vítimas do golpe, segundo a Polícia da Bahia, que foi acionada para investigar o caso.

Aliás, o governo da Bahia teve o maior prejuízo: R$ 9,6 milhões, que pagariam 60 respiradores (os outros estados ficariam com 30 cada um).

Em nota, os parlamentares do DEM, PSL, PTB, PSDB, MDB, PSC, PSB, PV, SD e Cidadania afirmam que o objetivo da CPI é “esclarecer a questão dos respiradores, como também buscar mais transparência na divulgação das ações do Consórcio Nordeste”.

Maia informou que ontem houve a primeira reunião da Comissão Parlamentar Interestadual (CPI) de acompanhamento e fiscalização do Consórcio Nordeste. “Pela primeira vez no Brasil, deputados de assembleias diferentes se reúnem para investigar alguma ação”, informou Maia, acrescentando que, além dele, os deputados Cabo Bebeto (PSL) e Bruno Toledo (PROS) compõem o grupo de parlamentares. “Foi uma reunião muito boa, onde discutimos estratégias que serão implementadas em conjunto com as nove assembleias”, disse o deputado, que em seguida leu a Carta de Intenções da CPI, que foi assinada por mais de 20 parlamentares da região. O deputado seguiu seu pronunciamento destacando que Alagoas, até o presente momento, já teve um prejuízo superior a R$ 10 milhões.

Governo

Em aparte, o líder do Governo na Casa, deputado Silvio Camelo (PV/AL), parabenizou a atuação das assembleias nordestinas na apuração das denúncias de fraudes na compra dos respiradores. Ele também frisou que o gestor do Consórcio Nordeste é o Governo da Bahia, e que Alagoas teve, assim como os demais Estados da região, que depositar o recurso para se habilitar à compra dos equipamentos hospitalares. “Se o gestor fez o pagamento indevido e comprou a quem não devia, não é o Estado de Alagoas que tem que ser responsabilizado. Queremos que isso seja apurado e que os recurso sejam devolvidos”, disse Camelo, observando que naquele momento o Governo de Alagoas não poderia ser omisso, porque também seria alvo de críticas, caso não se habilitasse.

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